terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Checklist para viagens internacionais

Você já comprou as passagens aéreas, fez as reservas dos hotéis e agora só falta fazer as malas e embarcar, certo? Ainda não, muita calma nessa hora. Para evitar ser barrado no aeroporto ou ter percalços durante sua viagem, é preciso checar a validade e a necessidade de alguns documentos e serviços e conhecer algumas regras importantes que fazem toda a diferença na hora de viajar para fora do país. Não sabe por onde começar? Fizemos uma checklist para te guiar no planejamento da sua viagem.
Checklist para viagens internacionais
PASSAPORTE
Cheque com antecedência qual a validade do seu passaporte. Está dentro do prazo? Ótimo, mas ainda assim para viajar para fora do Brasil, é bom garantir que o documento tenha mais do que seis meses de validade na data de embarque. Alguns países podem implicar com turistas que não atendam a esse requisito. Caso tenha algum visto com duração maior do que o passaporte, será necessário viajar com o antigo e o novo.

VISTO
Para alguns países, ter o passaporte não basta: é preciso de visto. O mais emblemático, é claro, são os Estados Unidos, mas há muitas outras nações que também exigem o documento - caso do Canadá, Austrália, China, Japão e outros. Fique atento também ao itinerário de seus voos, pois se for preciso fazer conexão em algum país que exija o visto, você terá que providencia-lo.

MOEDA
Já sabe qual é a moeda do país que irá visitar? Se não for dólar ou euro, veja qual delas terá o câmbio mais favorável. Outra definição a ser feita é de que forma irá levar o dinheiro. Na maioria dos lugares, vale mais a pena fazer um cartão de débito pré-carregado já na moeda local do que levar em espécie. E por último, mas não menos importante, comunique o seu banco qual o destino e o período da viagem para habilitar o uso de seu cartão de crédito em outro país. É preciso sempre avisar para que o banco não suspeite de suas despesas e bloqueie o cartão no meio da sua viagem.

CRIANÇAS
Vai viajar com os pequenos? Informe-se com a Polícia Federal e a companhia aérea sobre regras, exigências e direitos. Saiba de antemão que, por segurança, só é permito viajar com criança no colo se ela tiver até dois anos. Do contrário, já é necessário comprar um bilhete aéreo para ela. Menores que viajam ao exterior sozinhos, com parentes ou na companhia de apenas um dos pais precisam ter uma autorização assinada e com firma reconhecida. No site do Conselho Nacional de Justiça (www.cnj.jus.br) há um modelo da carta e mais orientações.

SEGURO VIAGEM
Não é preciso ser pessimista, neurótico ou hipocondríaco e imaginar o pior dos cenários para resolver contratar um seguro viagem. Imprevistos acontecem, sejam eles trágicos ou não, mas quando nos acometem em uma viagem internacional, se tornam ainda mais complicados de se resolver. Daí a importância de estar assegurado para casos de acidentes, problemas de saúde e outros inconvenientes. Um simples primeiro atendimento médico nos Estados Unidos, por exemplo, pode custar milhares de dólares caso o viajante não tenha um seguro. Já na Europa, os países que integram o Tratado de Schengen exigem que o turista tenha uma cobertura securitária mínima de 30 mil euros para despesas médico-hospitalares para entrar no país. Seguros e assistências também oferecem cobertura para outros tipos de problemas, como extravio de bagagem e assistência jurídica.

ALUGUEL DE CARRO
Entre os preparativos do seu roteiro de viagem, outro item importante é saber de antemão como se locomover no destino escolhido. Se for o caso de o transporte público não dar conta ou mesmo você estiver a fim de circular de carro, faça o aluguel de um automóvel com antecedência. Verifique ainda se o país de destino exige que o motorista tenha uma carteira de habilitação internacional. E por fim, é claro, estude os mapas e caminhos que irá percorrer, e se possível leve impresso para não se perder por aí.

VACINAS
Assim como o visto é obrigatório em alguns países, a vacina contra a febre amarela, febre tifoide e outras doenças também pode ser exigida, portanto informe-se se este é o caso do seu destino de férias. A mais comum é a da febre amarela, exigida em mais de 120 países, como África do Sul, Panamá, Bahamas e até China (veja lista completa aqui: http://www.who.int/ith/chapters/ith2012en_annexes.pdf). Depois de tomar a vacina, que tem validade de dez anos, é preciso emitir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP). No Brasil, não é obrigatório, mas dependendo da região (como é o caso dos estados Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) é aconselhável estar vacinado contra a febre amarela também.

TELEFONE
É recomendável ligar para a operadora de seu celular antes de viajar para habilitar o uso do aparelho em solo internacional. Aproveite para se informar quais os planos oferecidos pela empresa e tarifas para SMS, Internet 3G e ligações efetuadas e recebidas para não cair da cadeira quando a conta do telefone chegar. Para economizar, o mais aconselhável no caso de celulares pós-pagos é desabilitar o roaming de dados para não acabar utilizando um serviço pelo qual você não planejava pagar.

BAGAGEM
Antes mesmo de começar a separar as roupas que vai levar, fique atento ao limite de peso e tamanho da bagagem. Se for viajar em classe econômica, na América do Sul é permitido levar até 23 kg; na Europa e Estados Unidos, o limite é de duas malas de 32 kg para viagens com início no Brasil. Só tome cuidado se for fazer voos internos, pois o limite pode ser diferente nesses trechos e aí o jeito vai ser pagar pelo excesso de bagagem. Se informe com a companhia aérea que vai voar para tirar suas dúvidas e não correr o risco de ter que se livrar de algumas peças ao longo do percurso.

PREVISÃO DO TEMPO
Antes de agendar uma viagem, é bom checar qual costuma ser a temperatura média local, se é época de chuvas ou furacões. No Caribe, por exemplo, mesmo com sol garantido quase o ano todo, de agosto a outubro já se sabe que é temporada de furacões. Ao se aproximar da data de embarque, confira novamente qual a previsão do tempo para não se surpreender com nevascas ou viradas bruscas de temperatura e levar roupas apropriadas. Se for esquiar, não subestime o frio e as necessidades do esporte - uma calça jeans não vai dar conta. É preciso ter roupas específicas (impermeáveis e quentinhas) e é bom ver isso antes de viajar, pois há muitos destinos que não têm lojas para alugar roupas, só para comprar.

AGENDA
Depois de tanto planejamento para sua viagem ser impecável, sugerimos por fim que você reúna as principais informações e documentos em uma pastinha. Nela devem estar: passagens aéreas, contrato do seguro viagem, endereço e reserva do hotel, contrato do aluguel de carro, cópias de todos os seus documentos (em caso de roubo, facilita muito ter essas cópias) e telefones úteis (banco, empresa da bandeira do cartão, embaixada do Brasil, etc). Caso prefira uma agenda digital, deixe os dados disponíveis em seu smartphone ou tablet.
Fonte: UOL Viagem

domingo, 5 de janeiro de 2014

Patagônia um dos lugares mais belos do mundo

Dois dos trekking mais clássicos em Torres del Paine são o "W", entre os vales e montanhas, e o "O", que circunda todo o maciço. Apesar do clima inclemente e imprevisível da região, quando os dias abrem em céu azul as paisagens reafirmam o título não oficial de parque mais belo do ChileBem próxima do Brasil, a Patagônia é uma espécie de meca dos esportes de aventura. E, de quebra, é um dos lugares mais belos do mundo.

Localizada majoritariamente na Argentina, mas também com uma pequena extensão além da fronteira com o Chile, a região deslumbra por seus cenários ora inóspitos, ora arrebatadores. De um lado, os Andes, gigantes nevados de granito que fazem a alegria de montanhistas, esquiadores ou daqueles que simplesmente amam uma paisagem de cartão-postal. Do outro, a leste, o Oceano Atlântico, gelado por conta das correntes antárticas, mas rico em espécies marinhas, como pinguins, focas, baleias e orcas.

De cara, o primeiro aviso: é impossível conhecer a Patagônia em apenas uma viagem. Seria como explorar toda a Amazônia em apenas duas semanas. Planeje então recortes de trajetos.

Para a maioria dos brasileiros seu batismo patagônico é na estância de Bariloche, na província argentina de Rio Negro. Deslumbrante no verão, quando é possível praticar canoagem e windsurf nas águas do lago Nahuel Huapi, chama mesmo a atenção durante a temporada de esqui, de junho a setembro. De quebra, é uma das pontas das belíssima travessia do lagos andinos, que vai até Puerto Montt, no Chile. Não muito longe dali estão San Martin de Los Andes, uma estância charmosa, e Junín de los Andes. O barato por aqui é montar a cavalo, pratica a pesca com fly ou divertir-se em longas caminhadas em trilhas montanhosas. Na região também fica o Parque Nacional Lanín, mais rústico e menos estruturado que o Nahuel Huapi, mas repleto de belas florestas de araucania, vulcões nevados e lagos cristalinos, como o Huechulafquen.

O segundo destino recomendado é El Calafate, onde se encontra o magnífico glaciar Perito Moreno, uma das vistas mais belas da América do Sul e patrimônio da biosfera. Próximo dali, para estadias prolongadas, estão El Chaltén (terra dos picos Fitzroy e Cerro Torre) e outra maravilha da natureza, as famosas Torres del Paine, no lado chileno da fronteira. Um roteiro para estes três destinos deve ter, no mínimo, um semana e inclui alguns dos mais encantadores trekkings do mundo, com níveis que variam do leve (tomando apenas um par de horas) ou extenuantes, como os clássicos "O" e "W".

O terceiro conjunto de atrações da região são cidades litorâneas e seus parque marítimos. Viedma, Trelew, Comodoro Rivadavia e Río Gallegos são a ponta de lança para observar baleias-francas, leões-marinhos, pinguins de magalhães e pássaros das mais variadas espécies. Do Rio Colorado, ao norte, à Estancia Monte Dinero, próxima ao Cabo Virgenes, no extremo sul, são mais de 1700 km de estradas inóspitas, mas de violenta beleza, ora sob forte chuva e ventos, ora aproveitando um céu de tons inimagináveis de azul. Puerto Madryn é um dos melhoes centros logísticos da área, perfeito para poder explorar a fantástica Península Valdés. Daqui pode-se pegar um caiaque e passear bem próximo os curioso elefantes-marinhos. Outro destino recomendável é o Parque Nacional Monte León, com suas extraordinárias falésias.

Cerro Catedral, BarilocheComo chegar e circular
Há vários bons aeroportos na região, com voos partindo de Buenos Aires, tanto do Aeroparque, no centro da cidade, como do terminal internacional de Ezeiza. Viedma, Bariloche, El Calafate, Puerto Madryn e Río Gallegos são algumas das melhores opções, tanto pela proximidade com as principais atrações como pela boa oferta de voos de cias Argentinas.

Para os mais aventureiros, viajar de carro (de preferência com tração 4x4) requer um pouco de experiência, bons mapas e navegadores e planejamento (há pouquíssimos postos de serviço e abastecimento). Não é nada impossível, mas cuidados são necessários para não se dar mal. Motocicilistas podem sofrer um pouco com o poderoso vento local, que pode derrubar até os pilotos mais experientes, com o clima inclemente e a pavimentação por vezes precária. A principal artéria rodoviária é a Ruta Nacional 40, que segue toda vida de Río Gallegos até Mendoza (e muito além, chegando até a Bolívia). Percorrê-la de ponta a ponta é uma aventura para toda uma vida.

Para viajar de cidade para cidade, as únicas opções são ônibus de linha ou vans compartilhadas.

O que levar
A Patagônia é uma região onde todos os tipos de clima podem acontecer no mesmo dia. A temperatura pode cair (ou subir) vinte graus, o tempo ensolarado de repente fecha, trazendo fortes ventos e até mesmo neve (até no verão). A dica, portanto, é preparar-se levando artigos básicos: protetor solar, boné, capa de chuva, boas botas ou calçado para caminhada, óculos de sol e agasalhos.

Aproveite para fazer refeições calóricas e hidratar-se bem. Não abuse quando estiver em regiões de alta montanha (a adaptação é essencial).

Onde ficar
Cidades como Bariloche, Puerto Madryn e El Calafate possuem boa infraestrutura hoteleira e vários serviços, incluindo agências de viagem e boa conexão de internet. Assim, são as opções óbvias na escolha de uma base para fazer excursões.

Torres del Paine está dentro de um parque nacional, os serviços são limitados, mas as opções de hospedagem são muito boas. Já El Chaltén é um destino mais rústico, próprio para montanhistas, com lodges simples, mas confortáveis.

Para maiores detalhes sobre hotéis na região, acesse o verbete de cada cidade.

Onde comer
Comer bem faz parte do roteiro patagônico ideal. Isso significa saborear um bom asado de cordeiro, empaturrar-se com empanadas quentinhas, trutas frescas e provar parrillas mastodônticas. Para quem quiser experimentar algo um tanto diferente, vale provar o curanto (carnes variadas preparadas na terra, sobre pedras quentes). Para quem quiser algo menos típico, há também boa oferta de casas que oferecem pizzas, sanduíches, bufês variados e comida italiana.

Outro destaque na região são boas cartas de vinho, com rótulos chilenos e argentinos que não chegam aos mercados do exterior. Bares e cervejarias são uma boa pedida para uma confraternização ou para relaxar depois de um dia inteiro de caminhadas, assim como confortáveis e charmosos cafés que servem um chocolate quente (fumengante!) sem paralelo neste planeta.Patagônia Geleira Perito Moreno - Calafate

Informações ao viajante:

  • Línguas: Espanhol
  • Moeda: Peso argentino
  • Como ligar para o Brasil: 0800-9995500
  • Visto: Não é necessário.
  • Saúde: Para entrar na Argentina, nenhuma vacina é obrigatória.

    Embaixada oficial no Brasil:
    SHIS, QL 2, conjunto 1, casa 19, Brasília (DF)
    (61) 3364-7600
    http://www.brasil.embajada-argentina.gov.ar

Melhor época para visitar: O verão é a melhor época para a prática de trekking.
No inverno, as atividades são a observação de baleias-francas e o esqui.
Fonte: Viaje Aqui